quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Disquetes viram obras de arte




O lixo eletrônico também pode virar arte.



Atire a primeira pedra quem nunca jogou uma coleção de disquetes fora durante uma faxina nas gavetas de casa ou do escritório e depois se arrependeu ao lembrar-se daquelas fotos que foram embora junto com a mídia.

O fato é que na era digital muitas imagens, documentos, textos e diversos tipos de recordações se perdem à medida que as mídias de armazenamento evoluem. Com isso, além de deixar passar lembranças e informações importantes, muito lixo acaba sendo gerado diariamente.

É sobre isso que as pinturas do artista plástico Nick Gentry falam. Feitas em disquetes, fitas VHS e outras mídias já obsoletas, as obras retratam pessoas em diversas situações e expressam como, ao contrário da tradição oral, a história digital muitas vezes se perde com a velocidade da sua evolução.

Para reforçar esse conceito, o artista deixa escapar detalhes, como as etiquetas com os nomes dos arquivos, para levar o espectador a imaginar que tipo de conteúdo existia naquele disquete, por exemplo.

"Cada disquete utilizado na pintura tem uma história própria. Ele representa o ritmo crescente do ciclo de vida moderno, onde os objetos são criados, utilizados e descartados mais rapidamente do que nunca. Para contestar essa noção, ao obsoleto é dado agora uma nova vida e um propósito renovado, utilizando-os como um meio para a arte", diz Gentry.

Para tornar a iniciativa ainda mais sustentável, o artista está aceitando doações de todo o tipo de mídia ou de "lixo bacana" que seria descartado, mas que pode virar uma obra. Suas peças também estão a venda pelo site. Elas custam de €200,00 a €700,00 e podem ser adquiridas com frete gratuito para qualquer país.


Fonte: http://verde.br.msn.com/galeria-de-fotos.aspx?cp-documentid=25687015

Um comentário:

  1. Que ótima a criatividade desse cara!
    O que achei mais interessante no meio de tudo foi idéia dele de deixar as etiquetas de alguns disquetes a amostra para que as pessoas imaginem a partir dela... Que viagem! Adoro essas subjetividades!!

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